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quinta-feira, 13 de março de 2008

ESSE POST NÃO É MEU...

Lamento muitíssimo por isso, sabe aquilo que você gostaria de ter escrito e um dia vê escrito em algum lugar? Então, é o caso. Meu caro amigo Alessandro Martins, que javé o conserve, o escreveu, divinamente , com a simplicidade e a presteza dos sábios. ADOOOOOOOOOOOOORO!

"Descobri um novo (velho) poema de falsa atribuição, desta vez à prosadora Clarice Lispector.

Mas antes devo contar a você como cheguei até ele.

Num surto de curiosidade mórbida que raramente me assalta, pesquisava ontem outros sites que apresentassem o texto Morre Lentamente falsamente atribuído a Pablo Neruda.

Nem sou tão fã assim do poeta chileno, mas logo nas primeiras linhas é fácil perceber que o poema, ou crônica, não é dele.

* Publiquei no fórum Sobre Livros a solução da verdadeira autoria de Morre Lentamente: saiba como esse texto quase provoca um incidente diplomático-literário na Itália

Divulgar verdadeiras autorias de textos é uma luta perdida, uma vez que as autorias equivocadas parecem empolgar mais e serem propagadas com mais facilidade, movidas por aquele combustível que tanto conhecemos.

Mas faço questão de divulgá-las. Por isso, a partir de agora, pretendo retomar aqui e no fórum o trabalho de Vanessa Lampert, do blog Autor Desconhecido Não Existe, parado desde meados de 2006. Pretendo revisitar alguns dos tópicos ali levantados e levantar outros, à medida que surgirem textos de autoria duvidosa.

Embora não seja grande conhecedor da obra de Clarice Lispector, tenho certeza de que ela não escreveu os seguintes versinhos que, para total efeito da obra, ao final, devem ser lidos em sentido contrário, partindo-se do verso final para o inicial:

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais…

Que eu saiba, ela não escreveu poesia e, se a escreveu, não a publicou.

* Portanto, peço a colaboração de quem puder ajudar para divulgar a verdadeira autoria do poema

Sim. Por mais singelo que ele seja, ele tem uma autoria.

Não existe texto sem autor."


Quem quiser ler mais posts do Alessandro, pode conferir ali do lado, tem minhas recomendações, clique em domínio público e delicie-se com as aventuras literárias deste cientista das letras disfarçado de blogueiro!

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Meiriane!
Li o seu comentário e fiquei feliz em ver que você me citou em seu blog. Muito obrigado!

Eu no entanto, faria assim: pegaria um trecho do texto original (aquele que eu acho que chamaria mais a atenção do meu leitor), colaria no meu blog e faria um link para a postagem original, onde os seus leitores poderiam aí sim ler a íntegra. Em torno disso, escreveria minhas opiniões (do jeito que você fez) e... pronto. Assim você evita de ter de copiar a íntegra do artigo e, ao mesmo tempo, suas palavras - que são as que mais interessam aos seus leitores - ganham destaque. Existem outros motivos para essa prática, mas acho que essa é a principal.

No mais, fico feliz que tenha gostado do artigo e pretendo voltar mais vezes aqui.

Você é de onde, caríssima?

Beijos do Ale!!!!

Meiriane Saldanha disse...

Bem Alê, nem sempre os fãs conseguem agradar seus ídolos em suas homenagens...